quarta-feira, 14 de julho de 2010

O ILÊ AXÉ OPÔ AFONJÁ FAZ 100 ANOS!


Mãe Stella de Oxossi                                                                            Mãe Aninha


PARABÉNS!


Esta casa cujo nome significa “Casa de força sustentada por Afonjá”,um dos mais respeitados terreiros da Bahia fica centenário;mas,com a força de um adolescente.

A história do Terreiro do Axé Opô Afonjá (outros Nomes: Terreiro de Candomblé do Axé Opô Afonjá; Ilê Axé Opô Afonjá) assim como a do Terreiro do Gantois, está intimamente vinculada ao Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho.

Esta é uma das três casas matrizes do Candomblé,no Brasil.Suas sacerdotisas estão presentes na própria história da Bahia,graças à sua força e coragem.Mãe Aninha,Mãe Bada,Mãe Senhora,Mãe Ondina e Mãe Stella são figuras exponenciais da cultura negra e guardam com coragem e paixão a história dos seus antepassados.

Este é o terreiro mais antigo de que se tem notícia e o que, segundo vários autores, serviu de modelo para todos os outros, de todas as nações. Um grupo dissidente do Terreiro da Casa Branca, que surgiu há 300 anos, quando a comunidade nagô se instalou na Barroquinha.

Sob o comando da quituteira Eugênia Anna dos Santos, feita filha de santo no terreiro da Casa Branca,nasceu em 1910, o Terreiro Kêtu do Axé Opô Afonjá, numa roça adquirida graças às economias de Mãe Aninha,no bairro de São Gonçalo do Retiro.

O terreiro ocupa uma área de cerca de 39.000 m2. As edificações de uso religioso e habitacional do terreiro, ocupam cerca de 1/3 do total do terreno, em sua parte mais alta e plana, sendo o restante ocupado pela área de vegetação densa que constitui, nos dias de hoje, o único espaço verde das redondezas.





Por força da topografia do terreno, as edificações do Axé Opô Afonjá se distribuem mais ou menos linearmente, aproveitando as áreas mais planas da cumeada, tornando, no acesso principal, um "terreiro" aberto em torno do qual se destacam os edifícios do barracão, do templo principal - contendo os santuários de Oxalá e de Iemanjá -, da Casa de Xangô e da Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos e um museu,o Ilé Ohon Lailai (casa das coisas antigas).

A organização espacial do Axé Opô Afonjá mantém as caracteríticas básicas do modelo espacial típico do terreiro jejê-nagô. Esses mesmos elementos, são também encontrados nos terreiros da Casa Branca e do Gantois, apenas com uma diferença: no Axé Opô Afonjá o barracão é uma construção independente, ao passo que nos dois outros terreiros ele está incorporado ao templo principal.

Cabe a essas sacerdotizas como Mãe Stella de Oxossi,o dever de manter vivas as tradições e culturas de uma raça e continuar “segurando as rédeas das coisas”,como ela mesmo diz.

Vida longa para o Ilê Axé Opô Afonjá,que continue sustentado por Xangô que era o orixá de Mãe Aninha,a Obá Biyi,que começou tudo.

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