sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

MENSAGEM DE BOAS ENTRADAS(COMO SE DIZIA NA BAHIA DE OUTRORA)

QUE O NOVO ANO TRAGA A PAZ
NECESSÁRIA PARA A CRIAÇÃO.
QUE NOS TRAGA AMOR,COMBUSTÍVEL PARA A VIDA.
QUE NOS TRAGA A ESPERANÇA
POIS,SEM ELA,TUDO CANSA.
QUE NOS  TRAGA   O PÃO DE CADA DIA
SE POSSÍVEL COM UM POUCO DE QUEIJO E PRESUNTO.
...QUE NÃO NOS FALTE A SAÚDE
PARA APROVEITAR TUDO ISSO!
MUITO AXÉ PARA VOCÊS,MEUS LEITORES,AMIGOS E SEGUIDORES.
MEU MAIOR DESEJO:ESTAR COM VOCÊS EM 2021.
 BEIJOS

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

CRÔNICA DE nATAL!



Confesso que andei meio desanimada com o Natal.Até hoje,minha casa nada tinha que lembrasse essa data,nem presépios,nem árvores montadas.Nem o Anjo tinha sido desembalado,nem flores compradas.
Meu marido recordou-me:
-Vamos  até a Perini comprar a nossa ceia! Ceia simples,de dois velhos  que deixaram as esperanças para trás, sem o bulício das crianças em casa,filhos crescidos,netos nas casas dos pais...
Um peru,farofa de  manteiga e ameixas,pães natalinos e champanhe.
Cedo sentei-me no computador e emocionei-me com os votos de carinho recebidos de inúmeros amigos. Enquanto os lia,ouvi o pregão.Eram as mulheres que vendiam pitanga.Vinham de longe,acordavam cedo,apanhavam um ônibus e,a muitos quilômetros das suas casas humildes,percorriam os bairros ,apregoando pitangas e são-gonçalinhos.
-Olha  a pitanga!
-Comprem pitanga e são-gonçalinho!
Corri ao portão. Acenei para a mulher que atravessou a rua,tentando enxergar os carros que passavam ,afogada que estava pelas maçarocas de folhas de pitanga;uma floresta ambulante.
Comprei vários molhos e o cheiro do são – gonçalinho me fez chorar.É um aroma indescritível que lembra natais mais felizes quando eu ainda era criança e tinha minha mãe e recebia tantos presentes;ou,já esposa e mãe,com meus filhos pequenos,no afá de arrumar a casa,enfeitar a árvore,separar e embalar presentes,fazer o bolo e assar o peru,sob os olhos curiosos e esperançosos dos meus seis filhos.O olhar de uma criança esperando seu presente de Natal!Como esquecer!?O cheiro da pitanga e do são – gonçalinho,os cheiros do Natal,renovaram minhas energias ,devolveram-me o ânimo.A felicidade viaja através das pequenas memórias e consiste em estar bem consigo mesmo e procurar não fazer mal a ninguém.
Vivo procurando a criança que fui,que esperava o Papai Noel e pendurava sapatinhos na janelas;pois,a mulher que sou hoje estava embrionária na criança que um dia fui.
Creio que o Menino,se tivesse nascido aqui,adoraria despertar numa manjedoura  perfumada e até dispensaria o incenso a mirra e o ouro,porque o Menino é tão simples e risonho que acha beleza e harmonia nas pequenas coisas.
Porque não imitá-lo e passar um  Natal feliz cheio de simplicidade e amor,fazendo a doação das nossas alegrias e esperanças para aqueles que já desistiram da vida.
FELIZ Natal!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TRADIÇÕES DO NATAL :O PRESÉPIO


Devido ao Censo ordenado pelo Imperador Augusto,a família de Jesus teve que se deslocar para Belém da Judéia e,como era de se esperar,não encontrou acomodações dignas para Maria,grávida de nove meses.
Aflito,José os acomodou numa gruta ou cabana,fazendo uma caminha de palha para o Menino,nascido há pouco.
Este lugar,sem conforto,mas,limpo e seco,era onde se colocavam os animais para descanso e se chamava presépio,ou curral,ou  estábulo.
A primeira representação do presépio  ligado ao nascimento de Jesus,foi feita na Itália,no sec.XII,por São Francisco de Assis,em forma de teatro popular. Difundido por toda a Europa cristã,no sec.XVI,teve,em Portugal,o seu ápice,com as autarquias bancando a festa,como na Vila  Nova de Famalicão,cujo presépio era considerado o mais belo.
Dele constava a Sagrada Família, anjos,animais,como a vaca e o burrinho,além de figuras portuguesas típicas como o moleiro e seu moinho,a lavadeira,os bailarinos,a mulher com o cântaro na cabeça,as figuras em barro,verdadeiras obras de arte.
No Brasil do sec. XVIII,os presépios eram parecidos com os portugueses;os pintores,encarnadores de imagens,artistas populares,se esmeravam na confecção das figuras. Cidades,montes,rios,tudo era fabricado e formava o cenário propício à tão bela tradição.
As encomendas eram muitas e os ganhos, fartos.
Ganhadeiras, trazendo grandes tabuleiros à cabeça,apregoavam esses artefatos,chamando a atenção dos compradores balançando um chocalho de folha de flandres e cantarolando:
As barras do dia
Já vem clareando;
Que belo menino
Na Lapa,chorando.
Era a certeza que o Natal vinha chegando.
Igrejas, conventos e casas de família armavam seus presépios cada uma querendo ser melhor que o  outro,para isso não medindo esforços nem gastos.
O mais afamado presépio da época era o da Soledade, pela beleza das figuras,obra do grande escultor Bento Sabino dos Reis.
Nesta época,em Portugal e quiçá,na Bahia,o presépio era armado no Advento,porém,sem o menino,colocado na noite de 24 de dezembro,após a Missa do Galo.
Logo cedo, toda a família,escravos,agregados se mobilizavam para  a construção do presépio;os fâmulos saiam á busca das folhas de pitangueira,pinhas  e das frutas do Natal que colocavam sobre uma mesa,os galhos arqueados formando  arcadas,enfeitados de flores silvestres e pequenos frutos.
No interior da Lapa, formada,quase sempre de papel grosso pintado de tinta marrom,repousava o Menino,entre palhas,de um lado a Virgem,do outro,São José,os demais personagens,os pastores e os Reis Magos,em profunda adoração.

Pessoas embasbacadas abriam a boca de admiração: estava lá o monte escarpado,as águas cristalinas,correndo sinuosas,tendo ao fundo a cidade de Belém com suas torres,zimbórios e fortalezas;os três reis com seus criados;animais de carga.Diversas árvores e arbustos,animais de criação,pastores com oferendas,figuras portando túnicas de linho e sandálias.
No alto,céu de estrelinhas douradas,feitas de papelão e areia brilhante,nuvens de algodão.
Contempla o quadro divino
São José,ajoelhado,
E a Santíssima Maria
De Jericó, meiga flor.

As moças e matronas da família, além das visitas,cantavam:
Santo,santo,santo
Hoje é quem brilha
Salve  o Verbo Encarnado,
Deus e maravilha.
Depois, seguia-se a lauta ceia com muitas iguarias, o vinho do Porto,os frutos saborosos e carnudos,o roxo vinho Figueira,os licores,a doçaria;bebia-se à saúde da dona da casa e até ao Deus Menino. Depois, uma animada função,como se chamavam os bailes ,que se prolongavam até o amanhecer, pois,nesta noite feliz,ninguém dormia.

Este e outros textos sobre tradições antigas estão no livro A BAHIA DE OUTRORA",desta autora,um dos mais vendidos em 2010.Procure nas livrarias.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CONVITE


A Academia de Cultura da Bahia, a F ederação das Academia s de Letras e Artes da Bahia (FALA, BAHIA), A Faculdade 2 de Julho, a Faculdade Hélio Rocha, o Instituto Geraldo Leite e a Academia Maçônica de Letras da Bahia, convidam à solenidade de posse que ocorrerá dia 17/12/2010 (sexta-feira) a partir das 16:00 hs na Capela do Colégio 2 de Julho – R. Leovigildo Filgueiras 81 (Garcia), estacionamento gratuito e com segurança, entrando na esquina em frente ao Colégio Antônio Vieira (R. Cônego Pereira Marinho) e procurar o portão azul que dá entrada ao pátio da F2J.
Eleitos à ACB: Alcides Lisboa (maestro que se apresentará com o Coral da EMBASA), Antônio Ricardo da S. Benevides, Eurípedes Barbosa Ribeiro, Evandro Falcão Vieira, Ivone Alves Sol, Josenice Góis de Almeida, Lucas Carneiro de Lima e Silva, Ludmyla Rodrigues da Silva, Políbio Hélio Lago, Kátia Cunha M. Moreira dos Santos, Kátia Borges.
Eleitos à Academia Internacional de Letras, Ciencias y Artes, sediada em Buenos Aires – Argentina: Geraldo Leite, José Alconso da S. Filho, Lucymar dos Santos Soares, Míriam de Sales Oliveira, Valdeck Almeida de Jesus e Sandra Stabile.
Homenageados: Geraldo Leite, ex-magnífico reitor da UEFS, lançamento (na ocasião) do Prêmio Geraldo Leite de Vídeo (DVD) 2011, pela ACB, Aurélio Schommer (Câmara Bahiana do Livro), Anaci Bispo Paim, ex: magnífica reitora da UEFS, secretária de Educação da Bahia e de F. de Santana, atual presidente da Acad. de Educação de FS, Domingos Leonelli, ex-deputado federal (PSB) e secretário de Turismo do Est. da Bahia, deputado Álvaro Gomes (PC do B), autor do PL que isenta o consumidor da taxa extorsiva em telefones fixos, deputado federal Severiano Alves (PMDB), autor de PLs que beneficiam o professor e de Moção de Congratulações à ACB no Congresso Nacional, Elena Sahno, visitante russa, universitária e pesquisadora, Jair Tércio Cunha Costa, Grande 2º Vigilante da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia, Ma. Da Conceição Santos Caldas e Mônica Cestari (Espaço Terapêutico Anastasis – Barra), Jackson Rubem – fundador Academia de Letras de Irecê – BA.
Educadores do Ano 2010: Josué da Silva Mello (Colégio e F2J) e Tecla Dias de Oliveira Melo (Faculdade e Colégio 2J).
Lançamento dos livros: 1. O Violeiro da Espiral, autor Carlos Pitta, músico, poeta e cantor. 2. Idílio do Cactus Empedernido, autor Lucas Carneiro de Lima e Silva (recipiendário). 3. Poemas Filosóficos, autor Evando Falcão Vieira (recipiendário), As Filhas do General, livro digital de Miriam de Sales Oliveira.
Exposição e Participação no Festival do Livro: Sangue de Irmãos, autor José Aras. A Bahia de Outrora, escritora Míriam Sales. Alegria de Viver, escritor Ricardo Benevides (recipiendário). Reminiscências, autor Geraldo Leite (Pres. da Fundação José Silveira e do Instituto que tem o seu nome). Maktub (e-book), autora Míriam Sales. Lampião na Bahia e o DVD Euclides da Cunha e a Bahia, ambos de Oleone Coelho, co-direção do filme com Carlos Pronzato. Euclides da Cunha e o Sertão de Canudos, autor José Dionísio Nóbrega (membro da co-irmã ALAS, Acad. de Letras e Artes do Salvador. Amores Dispersos e Outros Versos, escritor Eurípedes Barbosa (recipiendário). Livros do Catálogo do acadêmico Elvino Almir Tosta. A Yoga de Jesus (“Eis que o Reino de Deus está Dentro de Vós”), autoria do sábio hindu Paramahansa Yogananda, fundador em 1920 da Self – Realization Fellowship (www-yogananda-srf.org).
Menção Honrosa: Prof. de Física Marival Chaves, projeto EDUCA BAHIA. Profa. Lélia Oliveira – Pres. ALA/FS. Professores Gildásio Freitas e Marivaldo Paixão, respectivamente presidentes da ALARME e da ALALF. Prof. Luiz Barreto Vieira, Ciência da Espiritualidade, ex-diretor do Colégio Central da Bahia. Madalena Lima, poetisa, alegria da ACB, cantora. Conferência: “Meu Deus, Estamos Matando o Planeta! Ainda há tempo?!” A ser proferida pela Psicóloga, acadêmica, Profa. titular da UNEB, Eliane Quadros. Saudação aos Recipiendários e Homenageados: Dr. Dorival Ferreira da Silva (membro da ACB e da ALARME). Apresentação do Coral da EMBASA com temas natalinos, regência do Maestro e pianista Alcides Lisboa (recipiendário). Manifesto de apoio pela ACB e instituições promotora do evento ao Plano Nacional do Livro e Leitura do Governo Brasileiro (Min. da Cultura e de Educação – www.pnll.gov.br e www.prolivro.org.br, bem como divulgação e apoio ao Prêmio Ma. Tereza Pacheco, parceria da ACB com Inst. Geraldo Leite, Fund. José Silveira, Inst. Médico Legal Nina Rodrigues, UFBA, UCSAL, Escola Bahiana de Medicina, Acad. de Polícia Militar, ABM, CREMEB, Acad. Baiana de Educação, Acad. de Educação de FS e CLISA. Inf. sobre o Prêmio: www.fjs.org.br e ou centrodepesquisa@fjs.br.

Benjamin Batista de Macedo Filho
Pres. da Academia de Cultura da Bahia e da FALA, BAHIA

Josué Mello
Diretor do Colégio e da F2J

Hélio Rocha
Diretor da FHR Geraldo Leite
Pres. do Instituto Geraldo Leite

Antônio Francisco Costa
Pres. Academia Maçônica de Letras da Bahia

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

OS DEZ MANDAMENTOS DO BAIANO!

                                                                            Viva para descansar.

                                                               Se vir alguém descansando,ajude.

                                            Descanse de dia para poder dormir bem à noite.

                                                                        Sua cama é seu templo.

                                                             O trabalho é sagrado;não toque nele.

                               Nunca faça amanhã aquilo que pode fazer outro dia.

Trabalhe o menos possível;deixe que outra pessoa faça por você;por exemplo,o paulista.


                       Ninguém nunca morreu por descansar,mas,pode morrer de trabalhar.

Quando sentir necessidade de trabalhar pare,respire fundo e espere que passa...


                          Não se esqueça:trabalho é saúde,deixe para os doentes.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O QUE É QUE A BAIANA TEM? POESIA!








Os escritores Leandro ,Miriam,Sol e Sandra no "Fala Escritor".


SERENA EXPLOSÃO /
Para Miriam Sales//

Diz-me da fonte que jorra em teus dias /
Da beleza implícita na flor em botão /
Que rebenta nos campos da poesia /
Que sucede da tua alegria, feito canção//

Conta-me dos anos que passam /
Enquanto tu vives /
Da criança que realça /
Os teus matizes /

Porque és encanto /
E em todos os cantos te cantam... /
Enquanto dançam as nuvens /
Nos empíreos que te alcançam //

És tempestuosamente bonança /
Serena explosão de vigor /
Esplendor que dimana /
Da essência frenética do amor //

Deixa que passe os anos /
Que os dias sigam seu curso /
Tu não passas, e teu encanto /
Esparge a vida e é profundo //

Ivone Alves Sol


Olha só o mimo que recebi da poetisa baiana Ivone Sol,no dia do meu aniversário!
Viram que versos tão belos?
Três amigos: Ivone Sol,Miriam Sales e Eurípedes Ribeiro

A Bahia tem riquezas que nenhuma terra tem,especialmente,sua gente!...


MENSAGEM DOS AMIGOS:



3/12/10 10:45 - Andriz Petson

RAIO DE SOL QUE EU E SOL TANTO AMA...VIVA ALEGRIA...EM BRANCOS CABELOS
QUE COMO ESPELHOS REFLETEM NOSSA HUMANIDADE...TRAZENDO A COMPAIXÃO EM
UMA ÚNICA IDADE...A DE SER POESIA LIRISMO E LUZ...ESSA SUA DOCE IMAGEM
QUE A TODOS SEDUZ !!!




3/12/10 17:33 - Marina Gentile BAHIA

Querida Miriam, bela baiana, cidadã do mundo. Cidadã das letras,
cidadã que merecidamente tem nosso carinho. A vc um beijo.




03/12/10 15:31 - Sandra Stabile


É sempre bom ler seus textos aprendo muito com eles,Deus te abençõe
sempre e te cuide,t amo em cristo amiga.
Parabens por tudo ,pela vida,por saber viver e respeitar a todos por
igual.
Beijosss

2/12/10 09:08 - Rejane Chica

Vim deixar os parabéns pra uma rainha baianinha!Tuuuuuuuuuuuuudo de
bom, felicidades SEMPRE!!!beijos,chica



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SALVE AS BAIANAS!


Já foram uma legião,mas,ainda embelezam as ruas de Salvador com seus trajes magníficos e seu tabuleiro cheio de coisas gostosas:abará,acarajé,acaçá,amoda,passarinha,bolinho de estudante,vulgarmente chamado punheta,cocada,puxa ou de colher,um desbunde de sabor e cheiro.
A roupa tradicional,uma característica das negras e mestiças,é composta  por uma saia muito rodada  e colorida de seda,com dois a quatro metros de roda de bainha,bem bufante e armada por uma anágua muito branca e engomada.Complete um cabeção de crivo.A bata é uma blusa branca,comprida e solta,de algodão,enfeitada com rendas e bicos ou também bordada de crivos,um pouco frouxa,para escorregar,sensualmente,para um dos ombros.Imprescindível,o pano da Costa,bem africano,um manto comprido de algodão listrado,atado sobre um dos ombros e preso sob o braço oposto ou enrolado com uma ou duas voltas em uma grande faixa em torno da cintura,amarrado bem justo.
Um torso ou turbante branco,á moda mourisca,provavelmente herança dos haussás,negros islamitas ou dos seus similares malês,negros fortes,guerreiros,que inclusive sabiam fundir os metais.Chinelas rasas,sem presilhas,nas pontas dos pés completam a indumentária.
Os adereços são um espetáculo á parte.Colares de coral,búzios ou contas de vidro,correntes de prata,brincos de turquesa,coral,ouro ou prata,braceletes de búzios,ferro e cobre.Pendente da cintura o balangandã ou como cita Manoel Quirino,balançançan(onomatopaico)ornamento de prata maciça,usados em dias de festa,principalmente na Lavagem do Bonfim,como canta a música:”Quem não tem balangandã não vai ao Bonfim”.Miniaturas de prata e ouro,campainhas,figas,corações,dentes,chifres,tubos,placas,chaves,frutos,cadeados,bichos,pernas,sapatinhos,tesouras,conchas,peças lavradas reunidas e presas numa argola de metal e penduradas das cintas das mulatas,negras e mestiças,dente do santo.Peças provavelmente fabricadas pelos negros de Daomé ou pelos malês.Serviam como amuleto para afastar o mau-olhado e as forças do mal.
Na Lavagem do Bonfim,a bela e tradicional festa das “Àguas de Oxalá”,elas formam um tapete branco e perfumado,subindo a ladeira,carregando seus potes de água de cheiro para lavar os degraus da Igreja.


SALVE AS BAIANAS NO SEU DIA!



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

HOJE É O DIA DA BANDEIRA!


Na Bahia de outrora,no meu tempo de criança,hasteava-se a bandeira do Brasil.Ajudada pela brisa ela balouçava ao vento (balouçava,que palavra tão antiga!?) enchendo de fervor patriótico os estudantes enfileirados para saudá-la.Afinal,estávamos falando de um símbolo da pátria,a representação da Mãe Amada,o símbolo dos seus rios,mares,verdes e florestas,riquezas e das estrelas do nosso céu,entre elas,a constelação do Cruzeiro do Sul.

A frase “Ordem e Progresso” do positivista Auguste Comte,pai da Sociologia,faixa esta que simboliza a paz,foi idéia do Benjamim Constant,positivista de carteirinha,como aliás,todos os membros da República.

As estrelas,hoje 27,representam os Estados e o Distrito Federal.A estrela solitária no alto do retângulo verde ,representa o Estado do Pará,pois é o estado mais ao Norte.

Uma curiosidade que poucos sabem é que a posição dessas estrelas reproduz o céu do Rio de Janeiro exatamente às 8.30 mts do dia 15 de novembro de 1889.

A Bandeira deve ser sempre hasteada no início da manhã e recolhida no fim da tarde;nunca deverá ficar hasteada á noite,a não ser que esteja muito iluminada.

Todos os prédios públicos devem exibi-la ,portentosa,no seu mastro;e,todos nós,os seus filhos,devem (ou deveriam) reverenciá-la nos nossos corações.

Viajando para o Exterior,sinto uma imensa sensação misto de orgulho,felicidade,segurança quando vejo exibida aos olhos do povo,bela e soberana,tremulando ao vento ,a nossa Bandeira,retrato do meu país.



HINO À BANDEIRA


Salve lindo pendão da esperança!


Salve símbolo augusto da paz!

Tua nobre presença à lembrança

A grandeza da Pátria nos traz.



Recebe o afeto que se encerra

em nosso peito juvenil,

Querido símbolo da terra,

Da amada terra do Brasil!



Em teu seio formoso retratas

Este céu de puríssimo azul,

A verdura sem par destas matas,

E o esplendor do Cruzeiro do Sul.



Recebe o afeto que se encerra

Em nosso peito juvenil,

Querido símbolo da terra,

Da amada terra do Brasil!



Contemplando o teu vulto sagrado,

Compreendemos o nosso dever,

E o Brasil por seus filhos amado,

poderoso e feliz há de ser!



Recebe o afeto que se encerra

Em nosso peito juvenil,

Querido símbolo da terra,

Da amada terra do Brasil!



Sobre a imensa Nação Brasileira,

Nos momentos de festa ou de dor,

Paira sempre, sagrada bandeira

Pavilhão da justiça e do amor!



Recebe o afeto que se encerra

Em nosso peito juvenil,

Querido símbolo da terra,

Da amada terra do Brasil!

Apresentado pela 1ª vez em 9/11/1889
Letra de Olavo Bilac
Música:Maestro Francisco Braga




FALA,LEITOR:


1/11/10 03:47 - Ivone Alves SOL




Um bela alusão ao nosso símbolo maior,Miriam. Bem, acho que fiz

diretinho com os meus alunos, entoando o hino á Bandeira (letra de

Olavo Bilac e Musíca de Francisco Braga),enquanto ela era hasteada na

escola onde ensino. Foste muito feliz ao notoriar a relevancia do

patriotismo. Um beijo grande amiga que amo!


20/11/10 21:17 - Simone C R




Boa noite, Miriam. Gostei muito de sua crônica e do respeito que

demonstras com nossa bandeira. Parabéns! Obrigada por sua visita e

comentários. Virei ler-te mais vezes. Abraços!


21/11/10 17:00 - Maria Olimpia Alves de Melo




Naquele tempo em que a bandeira balouçava ao vento talvez não

tivessemos tanto motivo para nos orgulharmos do nosso pendão da

esperança mas certaemente não sentíamos tanta vergonha de nossos

dirigentes. E como cada povo tem o governo que merece, acho que

realmente somos um país de corruptos de todos os níveis e aqueles que

não o sã0, sinceramente não temos motivo de nos orgulharmos de muita

coisa.


22/11/10 21:47 - Ruy Silva Barbosa

Boa noite Bandeira questa nos nossos navios nos nossos aviões e que
subiram Monte Castelo no dia 21 de fevereiro. Bandeira que hoje
esta no haity e na Africa.Parabens a voce por tudo sobre a Bandeira
.Hoje aniversário de Niterói e fiz uma homenagem a Gentileza e em sua
figura parabezei minha cidade



sexta-feira, 12 de novembro de 2010

NÃO CONSIGO IR EMBORA DA BAHIA





Acabaram minhas férias e continuo aqui.
Mesmo que eu viaje depois do Carnaval, levarei a Bahia comigo.
Não se trata de louvá-la; quero entendê-la, não com a cabeça, mas com o corpo, com as mãos, com o nariz, entender como um cego apalpa um objeto, entender por que este lugar é tão fortemente estruturado em sua aparente dispersão. Aí, descubro que, ao contrário, a Bahia me ajuda a "me" entender.
Não sou eu quem olha; a Bahia é que me olha de fora, inteira, sólida, secular, a paisagem me olha e fica patente minha alienação de carioca-paulista, fica evidente meu isolamento diante da vida, eu, essa estranha coisa aflita que está sempre entre um instante e outro, sem nunca ser calmo, consciente e feliz como um animal.
Na Bahia, vejo-me neurótico, obsessivo, sempre em dúvida, ansioso.
Gostaria de estar na Praia de Buraquinho, quieto, dentro do mar, como um peixe, como parte da geografia e não fora dela.
Ninguém aqui se observa vivendo.
Salvador não é uma "cidade partida" como é o Rio, nem a cidade que expele seus escravos, como São Paulo, que um dia será castigada, estrangulada por sua periferia.
Aqui, de alguma forma misteriosa, os pobres e negros, mesmo sem posses, são donos da cidade.
A cultura africana que chegou nos navios negreiros, entre fezes e sangue, parece ter encontrado a região ideal neste promontório boiando sobre o mar, batido de um vento geral, para fundar uma cidade erótica e religiosa, plantada nos cinco sentidos, fluindo do corpo e da terra.
 Os casarios subiram os montes, desceram em vales por necessidade dos colonos e dos escravos do passado, o espaço urbano foi desenhado pelo desejo dos homens.
A Bahia foi o lugar perfeito para a África chegar.
Tudo se sincretiza, natureza e cultura.
Espírito e matéria se unem como um bloco só, amores e vinganças fluem no sangue dos galos e dos bodes, esperanças queimam nas velas de sete dias, todas as coisas se amontoam num grande procedimento >barroco de não deixar vazio algum, nada que sobre, que fique fora, nada que isole matéria e gente.
Os deuses não estão no Olimpo; são terrenos e florestais, estão na rua, no dendê, dentro da planta.
Consciência e realidade não se dividem, o povo e o mundo são a mesma coisa, e isso aplaca as neuroses, as alienações das megacidades, onde o homem é um pobre diabo perdido no meio dos viadutos.
Como nas fotos do Mário Cravo Neto, tudo se une em um só bloco: o alvo pato e a mão negra, a mulher nua e a pedra, o nadador, o sol e a água, as frutas, os cestos e as bocas, as plantas e os pés, os búzios e os segredos, os santos e os orixás, as mãos e tambor, a fome e a carne, o sexo e a comida.
 Tenho uma espécie de inveja e saudade desta cultura integrada, dessa sociedade secreta que vejo nos olhares das pessoas falando entre si, uma língua muda que não entendo, tenho inveja da palpabilidade de suas vidas materiais, tenho inveja da grande tribo popular que adivinho nos becos e ladeiras, das pessoas que riem e dançam nas beiras de calçada, que se amam na beira-mar, tenho inveja desta cultura calma que vive no "presente", coisa que não temos mais nas "cidades partidas", sem passado e com um futuro que não cessa de não chegar.
Nesta época maníaca e americana, que se esvai sem repouso, aqui há o ritmo do prazer, a "sábia preguiça solar" de que falou Oswald e que Caymmi professa.
A civilização que os escravos trouxeram criou esta "grande suavidade", este mistério sem transcendência, este cotidiano sem ansiedade, esta alegria sem meta, esta felicidade sem pressa.
Aqui a cultura vem antes da lei.
Aqui o soldado na guarita é um negro com passado e orixás, dentro da roupa de soldado.
O bombeiro, o vendedor, o pescador, o vagabundo se comunicam e existem antes das roupagens da sociedade.
 Até se travestem, se fantasiam de si mesmos nos horrendos resorts caretas da burguesia, mas não perdem a alma para o diabo, defendidos pela vigilância de seus Exus.
 A sinistra modernidade tenta adquirir a Bahia, possuí-la, apropriar-se das praias, das ilhas, dos panoramas. Mas mesmo o progresso urbano e tecnológico aqui fica domado de certo modo pela cultura, que resiste a esses embates.
 Os balneários turísticos aqui me parecem meio patéticos, meio
Miami, na vivência luxuosa dos acarajés, camarões e uísques trazidos por serviçais iaôs e mordomos de cabeça feita.
Aqui não se vêem os rostos torturados dos miseráveis do Rio e de São Paulo: a pobreza tem uma religião terrena costurando tudo.
As festas do ano inteiro não são diversionistas, orgiásticas, para "divertir - são para integrar.
As festas têm uma religiosidade pagã, sem sacrifícios, sem asceses torturadas de olhos virados para o céu.
Nada sobrou do barroco europeu sofrido; só prosperou o barroco gordo, pansexual, com as frutas, os anjinhos nus, os refolhos e os ouropéis invadindo o convulsivo barroco da contra-reforma, com as curvas carnavalescas nas igrejas cheias de cariátides peitudas, sexies, gostosas, como as mulatas do Pelourinho.
Não é uma sociedade, mas um grande ritual em funcionamento.
O Brasil aflito, injusto, imundo, inóspito devia aspirar a ser Bahia.
Aqui dá para esquecer o jogo sujo do Congresso em Brasília, revelando a face oculta dos bandidos com imunidade, calhando a democracia, aqui você não morre afogado na enchente da marginal Tietê, nem o Ronaldinho é >assaltado com revólver na cabeça.
Não conheço lugar mais naturalmente democrático.
E, por isso, não consigo ir embora.
Vou comprar uma camiseta "NO stress" e ficar bebendo frappé de coco para  sempre.
                                                                            Arnaldo Jabor,cineasta,escritor e jornalista .

domingo, 7 de novembro de 2010

CARNAVAL!

Gandhy na avenida
alegria garantida.
Um culto á vida!
                Miriam Sales,escritora baiana

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

POEMA DE ILDÁSIO TAVARES


TUA DUNA


arqueio de mel
sobre o branco
coaduna
este ardor que me brota
no flanco
que provoca em meu corpo o arranco—
o vibrar do pincel
nesta tela de mel,
caracol de papel
(lá no fundo o anel)
mar e céu.

        Luz Oblíqua (1982-1988)


ILDÁSIO TAVARES
Nasce na fazenda de São Carlos, na região de Grapiúna da Bahia. Estudou direito mas se licenciou em Letras pela Universidade Federal de Bahia. Publicou artigos de filosofia, contos e realizou numerosas traduções. Realizou estudos universitários em língua inglesa. Doutorou-se pela UFBA em Literatura Portuguesa. Morto recentemente,deixou muitas saudades entre seus amigos e um vazio na literatura baiana.



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

OS BÚZIOS



Lindos e misteriosos os búzios sempre encantaram gerações;serviam de adereços,mas, os grandes eram usados como buzinas,tanto nos momentos sagrados ou profanos.Até serviram também de moedas chamadas jimbo,zimbo ou gimbo que ainda hoje é sinônimo de dinheiro em certas regiões.

Até nas sepulturas do período neolítico foram encontrados búzios demonstrando sua ancestralidade.

Os navegadores e pescadores trocavam saudações usando os búzios,que,também serviam para chamar o vento.Neste caso toca-se três notas distintas:tônica,quinta e oitava.

Nas feiras e mercados anunciavam a chegada do peixe fresquinho.

Seu chamado rouco e profundo congrega vizinhos,alerta sobre perigos e chegadas e aquele que não atendesse ao apelo dos búzios era considerado anti-social e reprovado por todos.

Nas religiões hindus a presença do búzio é necessária para os ritos;a çankha é uma concha marinha usada como trombeta que dá sinal para refeições e chamada para ofícios religiosos.

Dedicada ao deus Vichnu afasta os demônios e traz os deuses benéficos para o seio da comunidade.

Como os grandes búzios agora são raros,as pessoas estão preparando os chifres de bois para substituí-los;os vaqueiros os levam amarrados nas selas,quando vão campear as reses desaparecidas;o vaqueiro que primeiro a encontrar toca o “búzo” para avisar o sucesso.

Os babalaôs consultam os orixás jogando pequenos búzios numa peneira para ler a sorte, e deduzindo as respostas dos “encantados”pela posição que os búzios caem,se abertos ou fechados.

Os colares,pulseiras e demais adereços feitos com búzios agem como amuletos contra a má sorte.

Antigamente,era uso escorar as portas com grandes búzios que soavam avisando se uma fase ruim estivesse chegando.

“Homem vê criança catando conchinhas no mar”,verso de uma canção de Elis Regina,mas,hoje eles estão rareando;nas praias das grandes cidades quase não são encontrados e as menininhas de hoje, não acham mais búzios para catar.

Fontes:Cardoso de Oliveira,José Américo,Luis Chaves,Getúlio César,Hans Staden

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

AMANHECER.

Amanhecer...
Nesta Salvador de todos os credos,crenças e encantos,uma oração oriental...



Despertei obrigado por Ti ,ó meu Deus,a quem busca esse abrigo devo permanecer no santuário da Tua proteção e na Fortaleza do Teu amparo.


Ilumina o íntimo do meu ser,ó Meu Senhor com os esplendores do alvorecer da Tua Revelação,assim como iluminaste meu ser exterior com a luz matinal da Tua Graça.


(Bahá ‘ullhá)


A cada amanhecer renasce a esperança de um novo dia recém-inaugurado, todinho nosso,um espaço sagrado de 24 horas para grandes realizações.ou não!


Tudo depende de nós.
Que vocês tenham uma semana abençoada!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

MODÉSTIA BAIANA!!!

Olha só o que recebi pela Net?Adorei e estou repassando...


Estava num passeio em Roma quando, ao visitar a Catedral de São Pedro fiquei abismado ao ver uma coluna de mármore com um telefone de ouro em cima.

Vendo um jovem padre que passava pelo local perguntei a razão daquela ostentação.

O padre então me disse que aquele telefone estava ligado a uma linha direta com o paraíso e que se eu quisesse fazer uma ligação eu teria de pagar 100 dólares.

Fiquei tentado porém declinei da oferta. Continuando a viagem pela Itália encontrei outras igrejas com o mesmo telefone de ouro na coluna de mármore. Em cada uma das ocasiões perguntei a razão da existência e a resposta era sempre a mesma:
Linha direta com o paraíso ao custo de 100 dólares a ligação.
Depois da Itália, chegando ao Brasil, fui direto para Salvador. Ao visitar a nossa gloriosa Catedral, na famosa Praça do Terreiro de Jesus, fiquei surpreso ao ver novamente a mesma cena: uma coluna de mármore com um telefone de ouro.


Sob o telefone um cartaz que dizia:
LINHA DIRETA COM O
PARAÍSO - PREÇO POR LIGAÇÃO = R$ 0,25 ( vinte e cinco centavos ).

Não me agüentei, e lasquei....

Padre, eu disse, viajei por toda a Itália e em todas as catedrais que visitei vi telefones exatamente iguais a este, mas o preço da chamada era 100 dólares. Por que aqui é somente R$ 25 centavos?
O Padre sorriu e disse. Meu amigo, você está na Bahia. Aqui a ligação é local.

O PARAÍSO É AQUI.....


Palavra do leitor:

Solange Fonseca,p/ e-mail
BOA... MUITO BOA!!! E COMO JÁ MOREI EM SALVADOR E SUBI MUITO A LADEIRA DO PELOURINHO, REAFIRMO TUDO QUE O PADRE DISSE: " É UM VERDADEIRO PARAÍSO MORAR NA BAHIA!!!"

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

10 MENTIRAS QUE OS BRASILEIROS ADORARIAM OUVIR!




1-A partir de hoje, o salário mínimo já não será tão mínimo assim; passará a valer $1800.00.



2-Acabou a criminalidade; apenas com uma penada ficou decretado que:-quem mata,morre(a não ser em legítima defesa,claro).

-quem furta tem que devolver o valor furtado e começará a freqüentar cursos de Religião e Moral e Cívica, que em má hora, sumiram dos currículos escolares.

-crimes de colarinho branco: o criminoso teria seus bens confiscados e durante dez anos vai viver com um salário mínimo(dos antigos).Se o réu for político ou membro do Judiciário,será executado em praça pública para servir de exemplo ás gerações vindouras.O Pelourinho está aqui,ás suas ordens.

-Traficantes seriam sumariamente executados e os usuários,seus sócios,responsabilizados.

-Pedófilos e estupradores teriam a arma do crime, decepada,de preferência com um facão cego.



3-Não haverá mais nenhum analfabeto no país; além de aprender a ler e escrever, aprenderia também o exercício da cidadania.



4-Os humildes teriam moradias decentes com saneamento básico e ruas sossegadas.

5-Haveria trabalho para todos, pois, cursos profissionalizantes seriam ministrados em todas as escolas.



6-Os professores, principalmente os primários teriam um salário condigno e cursos oferecidos pelo governo para se especializarem e desenvolverem um trabalho de qualidade.

7-A saúde seria igual para todos; medicina preventiva, bons hospitais,médicos competentes.Acabavam-se os planos de saúde e a ganância que os mantém.

8-Seria extinto o Congresso Nacional; cidadãos impolutos formariam o Conselho da República, com representante de todas as classes sociais. Não receberiam nada pelo serviço, pois, servir á Pátria,seria considerado honra e galardão.

9-Nenhum brasileiro seria desrespeitado ou excluído por causa de suas crenças,cor ou opção sexual.

10-Cada brasileiro receberia uma participação nos lucros da Petrobrás e da Vale, empresas patrimônio do nosso povo.

OBS:Tá rindo ,de quê?Sonhar faz bem á alma.









quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PRECEITOS ALIMENTARES DOS TERREIROS DA BAHIA

Do jeito que foi ensinado pelas pretas velhas guardiãs da tradição oral e das crenças do candomblé.

*Para tirar ardor de pimenta, bebe-se um gole de café bem quente e sem açúcar. Quem tem ferida não come tainha;xaréu pode ser comido se tirarem todo o sangue e curarem com limão.

*Caranguejo, siri ou outro qualquer bicho cheio de pernas não pode ser comido por mulher parida ou “de lua”. Dá câncer.

*Quem come ovo cozido, não bebe cachaça; Faz congestão.

*Quem come o último bocado do prato alheio fica miserável; Não se dá nem o primeiro, nem o último bocado. Quem der,ficará insatisfeita.

*Quem come na panela terá chuva no dia do casamento.

*Não se come carne fresca em casa de defunto fresco.

*Um pedaço de cortiça ou três grãos de milho dentro da panela amolece qualquer carne.

*Comer banana mabaça faz ter filhos gêmeos.

*A pessoa engasgada deve chamar por S. Brás e comer farinha seca.

*Moça solteira não senta em cabeceira de mesa, não passa palito nem tira o último palito do paliteiro, sob pena de ficar prá titia.

*Para a comida ficar gostosa, principalmente se for peixe, o tempero deve obedecer a um ritual: a cebola, depois de cortada em rodelas bem finas, deve ficar de infusão dentro de uma vasilha tampada, junto com tomate machucado e o alho pisado e vinagre temperado com sal; meia hora é o bastante.

*Quando se faz comida de azeite tira-se sempre um pouquinho e joga-se num matinho verde para os “meninos” (Cosme e Damião).

*Comida de mulher parida é temperada com salsa, nunca com coentro; ela não deve beber leite nem comer fígado, mocotó, arraia, nada reimoso.

*Se a comida ‘ta atrasada a cozinheira deve jogar sal no chão e tudo começa a andar mais depressa. Sal no fogo faz visita indesejável ir embora logo.

*Pimenta de cheiro no chão da cozinha é briga certa dentro de casa.

*Se morre o morador de uma casa, deve-se varrer a casa de dentro prá fora; para que o rastro do defunto acompanhe sua alma e não volte pra fazer visagem.

*Se um homem comer comida pesada (mocotó, cozido. feijoada) não deve fazer sexo logo em seguida; pode ter congestão e acordar no Paraíso; embora morra no cumprimento do dever, e isso é coisa de macho.

Até mais ver...