sexta-feira, 26 de julho de 2013

26 DE JULHO,DIA DA VOVÓ!



O BLOG DE JULHO/13
INFORMAÇÃO









MINHA BISNETA,NATHÁLIA
Nasceu um bebê
Amado e esperado.
Trouxe alegria consigo,
Harmonia e felicidade,
Além do que foi pensado.
Linda e rechonchudinha
Interou-se de todos nós,
Avós, mamãe e papai. 



Seja bem-vinda a esse mundo, e que viva sempre em paz.



MINHA NETINHA ,JÚLIA

Uma fada madrinha,

com sua varinha

dourada,

chegou-se ao bercinho
devagarinho
onde descansava a criança amada;
E disse, a sorrir: 
-Que você tenha sempre,
por toda sua vida, 
criança adorada:
SAÚDE
ALEGRIA
PAZ
BONDADE
AMOR.
Pra que pedir mais?





Poema para Gabriel

Avó, nome mais doce que brigadeiro,
A segurança do abraço quente,
Do colo que aconchega,
Da certeza nos momentos de incerteza.
A conversa longa... Sem pressa;
Do olho no olho, sem julgar;
A compreensão do olhar aflito;
A estrada curta que leva ao infinito;
O beijo terno;
A bronca...
O olhar severo;
A mão segura de quem já viveu;
O prato certo na hora da fome;
A cama feita, quando o cansaço consome;
A benção certa no amanhecer;
A saudade na ida
E a pergunta da demora;
O amor, quase perfeito,
Que carrega no peito
O menor gesto
De quem agora cresce...
A criança doce,
Viva nas lembranças;
A sobremesa da vida,
Alguém disse.
Avó, o cheiro vindo da cozinha;
O pratinho quente;
A compreensão;
O silêncio.
Ninguém nasce avó;
Aprende-se a ser.
Aquela que ensina os primeiros passos;
Ajuda a ler o que é quase traço;
Brinca, corre junto
E vai no compasso
Deste amor uno
Que dele precisa
Quem na vida crê.

(Ednar Andrade).



CARTA PARA JOSEFA, MINHA AVÓ (SARAMAGO)

“Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo - e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira - sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.
Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha.
Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste a lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-me tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.
Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, umas coisas que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrijada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos - e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti - e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava. Não teremos realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas - e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, porque te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: "O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!".
 É isto que eu não entendo - mas a culpa não é tua.
Zé”



                                                                                       NOSSAS AVÓS


Minha avó,Almerinda,minha mãe e suas netas Lílian e Consuelo



                                   Minha mãe


Meus netos Adilson,Vinicius,Danilo,Bruno.Minhas filhas,Consuelo e Lílian,com sua netinha,Nathália.






Júlia,minha neta e Nathália,minha bisneta.



                        Meus netos  Danilo,Vinicius,Adilson.Thiago,Vitória,Carol,Gabriel,Bruno e Carol



                                                                                             Luana,minha neta



Meu primeiro neto,Daniel



CANTINHO BEM HUMORADO






ENTROU?LEU? NÃO TENHA VERGONHA DE COMENTAR.
NOS VEREMOS EM AGOSTO







segunda-feira, 1 de julho de 2013

BAHIA HISTÓRICA:O 2 DE JULHO



O caboclo e a cabocla,representando o povo brasileiro

O DOIS DE JULHO

Era no dois de julho

A pugna imensa
 travava-se nos cerros da Bahia...

Assim começa o belo poema de Castro Alves “ODE AO DOIS DE JULHO”,que celebra as lutas pela independência da Bahia,em 1822.Os portugueses se recusavam  a largar o osso e continuavam aqui,mandando e desmandando,mesmo após o Sete de Setembro.
O confronto estava nas ruas,principalmente,do Nordeste,ocupado pelo governador militar português,Inácio José Madeira de Mello,o”Madeira Podre”,como os baianos o chamavam.Salvador estava cercada por tropas leais ao Reino e nosso exercito,pobre,desarmado e faminto,teve que se valer de mercenários que lutavam por dinheiro e da população humilde,porém,destreinada,que lutava por amor e convicção.
Depois que as tropas de Madeira invadiram o Convento da Lapa,matando o Capelão e a Madre Abadessa Joana Angélica,que saiu em defesa do Convento,os ânimos acirraram-se mais ainda e o cerco aos portugueses se intensificou.A luta espalhou-se pelo Recôncavo,rica região açucareira e fumageira,banhada pelo Rio Paraguaçú,encabeçada por Cachoeira,”A Heróica”,elevada a capital oficiosa da Bahia;de lá,partia a resistência.
Ainda Castro  Alves:”O mundo perguntava,erguendo um grito,qual dos gigantes mortos,rolará?”
Vindos do interior,pessoas simples,como os vaqueiros conhecidos como”Encourados de Pedrão,”os sertanejos que formavam o batalhão do Príncipe ou Batalhão dos Periquitos,por causa do verde amarelo das fardas,batalhão criado pelo avô do poeta Castro Alves,José Antonio da Silva Castro, o Periquitão,  que teve um papel preponderante na nossa vitoria,lutavam com coragem.
Homens como Pedro Labatut, o Almirante inglês Lord Cochrane, Barros Falcão concretizaram nossa independência expulsando os lusos que eram cerca de 60000 homens  contra   2500 homens nossos,mal armados e mal alimentados,mas,cheios de um fogo que não se apagava,um amor pela pátria nascente e o desejo de liberdade.
Desse cadinho de raças surgiu a fantástica figura de Maria Quitéria de Jesus Medeiros,mulher,analfabeta,filha de português,que alistou-se no exercito vestida de homem e,com seu pequeno grupo aprisionou Trinta Diabos,um capitão de Madeira,temido por todos pela violência e maldade,numa refrega na Ilha de Itaparica.
Ao levá-lo a Barros Falcão,este lhe disse,assustado:

-Mas,é o Trinta Diabos!?

Ela falou: -E eu sabia!?Prá mim era só um maroto inimigo.

Uma palavrinha sobre um quase garoto,magrinho e analfabeto,sem nenhuma experiência militar,que definiu a guerra: Luís Lopes. Era o corneteiro da tropa. Ao ver tantos portugueses reunidos na Colina de Pirajá, Barros Falcão, prudentemente ordenou o recuo.Mandou tocar:Cavalaria,recuar.

O Lopes,atrapalhado tocou:Cavalaria avançar.

-Mandei  recuar,imbecil;disse Falcão.

O Lopes tocou: Cavalaria,degolar.

Madeira, assustado,pois sabia do abraço dos patriotas de Cochrane que abarcava a Pituba pelo lado esquerdo e Pirajá pelo direito,mandou tocar retirada completa e a tropa debandou,desesperada.Meu bisavô dizia que era como atirar em pombos;eles nem se defendiam mais. Volto com o poeta:

Lá no campo deserto da batalha
Uma voz se elevou,clara e divina,
eras  tu,liberdade peregrina
Esposa do porvir,noiva do sol.

Com a fuga de Madeira e seus asseclas para Lisboa,perseguidos por Labatut até a foz do Tejo,o Brasil estava finalmente independente.

“Tu que erguias subida na pirâmide
Formada pelos mortos de Cabrito
Um pedaço de gládio no infinito
Um trapo de bandeira, na amplidão...
Só recentemente,o Brasil começou a interessar-se e reconhecer a luta e os heróis do 2 de julho.
Minha homenagem aos heróis humildes da minha terra que defenderam o seu direito á liberdade e acreditaram num Brasil recém nascido como país para todos os seus filhos!
*leiam o poema completo na página 3.