sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

RECEITA DE FELICIDADE


                                                                  O BLOG DE DEZEMBRO/15

                                                                                               ALEGRIA,ALEGRIA...

RECEITA DE FELICIDADE



1- PASSAR O NATAL EM SALVADOR
2-PASSAR O REVEILLON EM SALVADOR
3-IR Á LAVAGEM DO BONFIM E TOMAR BANHO DE CHEIRO
4-VER OS SHOWS NO PELOURINHO
5- COMER ACARAJÉ NO RIO VERMELHO
6-PASSAR UMA TARDE EM ITAPOAN
7-ASSISTIR AOS ENSAIOS DO OLODUM
8-CONHECER A NOVA ORLA DA BARRA
9-CONHECER A PRAIA DO FORTE
10-ESBALDAR-SE NO CARNAVAL DA BAHIA.




ENTENDEU,MEU REI?




TRADIÇÕES DA BAHIA: LAVAGEM DO BONFIM
“QUEM TEM FÉ VAI A PÉ.”



TUDO começou com uma ameaça de naufrágio e uma promessa.Sacudido por uma tempestade e á beira de um naufrágio,o Capitão Teodósio Rodrigues de Farias invocou o Sr.do Bonfim e prometeu construir uma Igreja,se fosse salvo.Não deu outra,pois,o santo não falha.
Chegando são e salvo á Bahia,o Capitão cumpriu a palavra;mandou fazer uma imagem de 1.06cm,em cedro,réplica perfeita da original em Setúbal e pediu autorização á Santa Sé para construir uma igreja,numa colina na Cidade Baixa,para onde levou a imagem,que estava na Igreja da Penha,na Ribeira,bairro próximo.
Começou assim a devoção que reina soberana desde 1745 até os nossos dias.É a maior festa popular da Bahia;estende-se quase todo o mês de janeiro com suas novenas,ternos,missas campais e a Lavagem das escadarias da Igreja,numa quinta-feira do mês de Janeiro,geralmente,a terceira.
A tradicional Lavagem deve sua criação ao preconceito reinante nesta cidade no inicio do século XX,quando a Igreja Catolica e a elite branca não permitia  o culto dos negros e até os perseguia,sem dó,nem piedade.
Acontece que,no culto afro,Sr.do Bonfim é Oxalá,o maior de todos os orixás e precisava ser festejado,com a lavagem do seu templo na Colina,segundo o ritual,com água perfumada  de flores brancas e alfazema:eram as águas de Oxalá.O clamor pela proibição foi tamanho que a Igreja cedeu um pouco;”o povo de santo” lavaria o adro e as escadarias,enquanto o templo permaneceria fechado.
O cortejo sai do Comercio,geralmente no meio da manhã,da Igreja de N.Sra.da Conceição da Praia e um mundo de gente ,moradores,turistas,adeptos ou não da religião africana,políticos que querem “sair bem na foto”,milhares de pessoas vestidas de branco,cavaleiros,carroças enfeitadas,o  afoxé “Filhos de Ghandi”,esparzindo perfume de alfazema no meio da multidão,jornalistas daqui e d’além,percorre os 8 km e sobem a colina para assistir á festa.Gente de todo lugar.”eu vim de Ilha de Maré,minha senhora.prá fazer samba na Lavagem do Bonfim”,cantava Batatinha,sambista de escol.Cerca de 500 baianas vestidas de branco,com seus trajes engomados e rendados cheirando a patchulí,distribuem banho de cheiro aos passantes,para tirar as ziquiziras e afastar o mau-olhado.
Fitinhas de Sr. Do Bonfim,chamadas “medidas”são distribuídas ás mancheias para todos que têm um sonho secreto e esperam concretizá-lo;deve-se dar três nozinhos enquanto se faz três pedidos e deixar no pulso,sem nunca tirar;quando a fitinha rasgar o pedido será atendido,tão certo como dois e dois são quatro.A “medida”tem exatos 63 cm,distancia da chaga do peito de Cristo até Sua mão esquerda.Coloridas e belas trazem felicidade.
Por todo o Largo e subindo a Colina barracas de comida e bebida distraem  e alimentam os passantes;é o acarajé dourado,o oloroso abará,o efó,o vatapá,ouro líquido,o caruru perfumado,é o mistério ,a cor e o cheiro desta cidade mágica cheia de ritmos e axé ,onde é impossível ser infeliz.
Durante todo o trajeto,canta-se com emoção ,oHino ao Senhor do Bonfim,música de Péthion de Villar e letra do poeta Arthur de Sales,da qual tenho a honra de ser sobrinha-neta.
Hoje estarei lá,de branco,reverenciando o maior orixá da Bahia,fazendo meus pedidos e tomando banho de cheiro,para  limpinha,levinha,com a alma perfumada e feliz ,seguir o meu destino.Como todos!
“Andá com fé eu vou,qui a fé nun custuma faia...”
“Desta Sagrada Colina
Mansão da Misericordia
Dá-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia”.
Que as bênçãos de Oxalá tragam paz ao mundo!
*TEXTO DO LIVRO “A BAHIA DE OUTRORA”4ª EDIÇÃO



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 O SAUDOSO ANTONIO CEDRAZ LIA O "BAHIA DE OUTRORA".
O ESCRITOR JOÃO UBALDO GANHOU DE PRESENTE
AUTOGRAFANDO O "BAHIA DE OUTRORA" NO CLUBE DA CAIXA

LANÇAMENTO EM PARATY,DURANTE A FLIP


AUTOGRAFANDO NA UNIVERSIDADE DA PARAÍBA


                                        
TRADIÇÕES DO NATAL:  OS BAILES PASTORIS
Uma das mais  antigas  tradições do Nordeste,os bailes pastoris,enfeitavam as ruas da cidade,enchendo-as de ritmo e alegria.

Desde o mês de Agosto, conta Manoel Quirino,começavam-se os ensaios,oriundos dos autos pastoris de Gil Vicente,que compôs o primeiro a pedido da rainha D. Beatriz,aumentando muito a fama  da corte de D. Manoel.

Na Bahia,famosos poetas e letrados compuseram  as músicas que  tornavam esses bailes dignos de rainhas e  plebéias.Alguns aproveitavam trechos de óperas como A Traviata e o Trovador.

Importantes eram os ensaiadores,que cuidavam da entonação,das expressões fisionômicas,da mímica,dos gestos,como um diretor de arte compenetrado e zeloso deveria fazer.

As moças, pastoras ou pastorinhas se esmeravam nos trajes para a apresentação,nos adereços,nos pandeiros de folha de  flandres enfeitados com fitas e nas castanholas.

Cantando,tocando e dançando pelas ruas, visitavam as casas,levando uma alegria cheia de graça para todos.
Uma mocinha ,trajada à camponesa,era o guia e puxava a música:
Dos mais vividos fulgores
Cobre-se o céu de Belém,
Tem mais placidez a lua
O sol-luz mais forte,tem.

Bailem,bailem,pastorinhas
Bailem com grande primor;
Bailem que hoje é nascido
Nosso grande Salvador.

Os bailes favoritos eram “O Caçador”, “Marujo”,”Liberdade”,”Quatro Pastores”,  “O Velho Terêncio”entre muitos outros.

Nas casas mais abastadas ,uma rica ornamentação esperava as pastorinhas.As cadeiras eram colocadas em círculo,cavalheiros de um lado,senhoras do outro,sendo o grande espaço central destinado para as danças.

Os músicos se acomodavam, e os convidados febris esperavam ansiosos, a função. Rapazes animados,donzelas ruborizadas.

Precedidas por um anjo,chegavam as pastoras,cantando e dançando. Saudavam a dona da casa:
Abre-te,porta lavrada
Casa de dona formosa
Pois chame o seu marido
Quero lhe dar esta rosa.

E,continuavam:
Cantemos louvores
Com muita alegria
Louvando a Jesus
E a Virgem Maria.

A apresentação terminava com muitas palmas e belos ramalhetes de flores eram oferecidos às pastoras.
Seguiam-se os comes e bebes oferecidos pelos anfitriões, mesa farta  e    bebida à vontade.
Belos tempos!


                                        
                                 IMAGENS DA BAHIA


                                                                                 PELOURINHO
                                                                    FAROL DA BARRA


ENTRADA DO AEROPORTO
ELEVADOR LACERDA

IGREJA DO BONFIM


VEM PRA CÁ....





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