quarta-feira, 15 de maio de 2013





PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO BAÊA!
Sou Bahia desde pequenininha;aliás,já estava fadada a ser antes mesmo do meu nascimento,pai e avô materno,fieis torcedores.
Desde 1930 quando foi criado o Atlético Baianinho ,no subúrbio,com craques remanescentes de grandes clubes,cujo departamento de futebol foi fechado,nunca se esperava que ele se tornaria um dos maiores clubes da nossa história.”Nasceu para vencer!” ,era seu lema.Azul,vermelho e branco,suas cores.
Ver um time que é uma Marca virar galhofa nacional não me agrada.O time é eterno,jogadores e dirigentes ,passam,quem é Bahia,nunca deixa de ser.A isto se chama religião!E,os crentes verdadeiros,mesmo quando seus deuses escorregam,estão ai,para apoiar.
Há tempos que uma espécie de dirigentes incompetentes – para não dizer piores palavras – estão destruindo nosso time e enlameando nossa bandeira .Ah,Lourinho,se você estivesse aqui,nem acreditaria no que está acontecendo.E ,o senhor,querido Professor Adroaldo que escreveu o mais lindo hino de times do Brasil,estaria desolado.
Os torcedores insatisfeitos,chateados,alarmados não deveriam queimar a camisa tão amada ,do time do coração.Queimem,esta diretoria fajuta,não na fogueira da inquisição,mas,fazendo passeatas,sem violência,exigindo a saída desses paguros,sabem,aqueles vermezinhos que se abrigam no búzio e o vão destruindo de dentro pra fora,até  apodrecê-lo todo.Entrem  na justiça,no Ministério Público,exijam uma auditoria,chamem os Conselheiros –cadê os Conselheiros do Bahia,estarão todos mortos? -
Nosso time precisa de renovação; tem uma história bonita de vitorias e títulos ganhos.Em 1959 conquistou o bicampeonato brasileiro vencendo o Santos de Pelé,tem no currículo 44 campeonatos brasileiros ganhos ,é um recordista,três vezes na Libertadores chegando ás quartas de finais e  em 1989 teve um grande desempenho.
Desde 2000,coincidentemente com a chegada desta diretoria começou o nosso calvário.Perdas,desastres,desespero.11 anos de jejum.Série B;quase perdido o mando de campo da Fonte Nova que jornalistas   estão pedindo,publicamente,para ser tirado do Bahia,por não ser mais merecedor.
Mesmo assim,em 2010,manteve mais de 18000 torcedores por jogo,ganhando,da CBF, o prêmio Torcida de Ouro 2010.
De acordo com a empresa BDO RCS Auditores Independentes, a marca do clube é a décima quinta de maior valor no Brasil, ultrapassando os 55 milhões de reais, figurando como a segunda maior do nordeste .
Claro que sabemos que o futebol brasileiro não é mais o mesmo; a ganância substituiu o amor pela camisa como tinham encravado no peito os craques do passado,Djalma Santos,Didi,Garrincha,Bobô, com seus rendimentos modestos,mas,muita garra.
A grana,que, como diz Caetano,ergue e destrói coisas belas,  chegou ,faz tempo,ao futebol.E o está destruindo!
Mas,com a ajuda da torcida o Bahia vai se reerguer.
Renove-se tudo ,a começar pela diretoria.
Não podemos deixar morrer uma lenda!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

POSTAGEM ESPECIAL:CONVERSAS PLUGADAS




CONVERSAS PLUGADAS
                                ANTONIO TORRES
Foi uma noite memorável para a Literatura baiana a passagem de Antonio Torres  nas “Conversas Plugadas”,um eficiente projeto da SECULT/TCA.
O escritor, com sua verve magnífica e fino  humor  ,encantou uma plateia constituída principalmente de acadêmicos,escritores e estudantes que ,durante pouco mais de uma hora,riu,aprendeu, emocionou-se e participou do valioso conhecimento humano deste escritor   admirável,cuja fama internacional e  invejável bagagem  literária,a todos conquistou pela simplicidade,pelas suas estórias de vida e pelo carisma que vai aflorando aos poucos,num crescendo ,no desenrolar da conversa.
Se o sertanejo é antes de tudo um forte,como queria Euclides,percebemos que o forte do Torres  é   uma humildade sadia,que nunca pretende mostrar toda a sua influência na literatura do mundo,ao ponto de – conta ele - ,durante muitas das suas histórias impagáveis,o porteiro do seu prédio,ao vê-lo numa reportagem da Veja,perguntar-lhe se ele era mesmo um escritor.
Torres falou de livros,seus e dos outros,falou de vivências e narrou com graça e coragem toda a sua trajetória de menino da roça a escritor famoso,passando pelo jornalismo e pelas oficinas literárias em universidades americanas,das primeiras publicações e,sobre o fato de ,como uma mancha d’água numa parede ,ir aos pouquinhos,sem forçar nada,nem atropelar ninguém,ocupando todo o espaço da parede chamada Brasil e despontando como um dos maiores escritores da nossa época.
Saí de lá em estado de graça ,remoendo o que aprendi e agradecendo a oportunidade de participar desta festa  onde a verdadeira literatura foi reverenciada.