quarta-feira, 8 de julho de 2015

A TERRA DA CULTURA





O BLOG DE JULHO/15



A  TERRA DA CULTURA

POESIA
No céu da Bahia brilha uma estrela,Castro  Alves.Se não houvera nascido outro poeta a Bahia já estaria quites com o mundo.Bastava este.Mas,não bastou,pois,o celeiro é grande.
Outro grande poeta menos conhecido,porém,muito admirado foi Artur de Salles,cuja obra foi admirada por intelectuais do Brasil inteiro.Autor do soneto “Ocaso no Mar” e do hoje muito divulgado “Hino ao Senhor do Bonfim”,cantado por Caetano Veloso.
Arretado,amigo da chacota ,brincalhão  o baiano nasceu para a poesia satírica;assim,temos Gregório de Matos Guerra,no sec.XVII,um dos maiores epigramistas do mundo ,logo seguido anos mais tarde pelo Lulu Parola e Cuíca de Santo Amaro.O Lulu tinha um riso elegante,tanto sabia elogiar como destruir  a vítima merecedora dos seus versos letais.a arma destes poetas era o ridículo.O povo não esquece estas situações.E ,se diverte.
Cuíca de Santo Amaro, escrachado,deselegante,nunca usou luvas de pelica nem arrepiou caminho com medo de taponas;Denunciava e espalhava os malfeitos dos medalhões da política e da sociedade.Sem dó,nem piedade.
Vendia folhetos na porta do Elevador Lacerda,no Comércio e os espalhava nos bairros populares.Corria-se dele como o diabo da cruz!
A lista é grande,cito alguns:Damário da Cruz,Godofredo Filho,Junqueira Freire,Luis Gama,Pedro Kilkerry,Rui Espinheira Filho, Clarisse Macedo.E os cordelistas Bule – Bule,Barretão,Franklin Maxado...
                        Palacete Góis Calmon,Academia de Letras da Bahia

ESCRITORES
Terra de reconhecidos talentos  nossos grandes escritores atravessaram mundos e encantaram todas as plateias.Curioso,também foram grandes oradores desde o Padre Vieira, Rui Barbosa e Otávio Mangabeira,prendiam o auditório e colecionavam aplausos.
Não é á toa que se diz que baiano adora discurso.Se vir um caixotinho dando sopa sobe nele e deita o verbo.
Grandes romancistas temos Hélio Pólvora,Jorge Amado,João Ubaldo Ribeiro,Adonias Filho,Herberto Sales,Afrânio Peixoto,Antonio Torres,Teodoro Sampaio,Aleilton Fonseca,Aydano Roriz,entre outros.
Grandes historiadores temos Pedro Calmon,Rocha Pitta,Brás do Amaral,uma plêiade  respeitável.
Temos mesmo do que nos orgulhar,não é?

                      UM POEMA DE CLARISSA MACEDO



                                    QUER SABER MAIS SOBRE A BAHIA?

                                                       LIVROS IMPORTANTES
MANOEL QUERINO:possui uma vasta obra sobre a culinária,os costumes e as tradições da Bahia
JOSÉ VALLADARES: Bê - bá da Bahia
JORGE AMADO:São Jorge dos Ilhéus
JOÃO UBALDO:Viva o Povo Brasileiro
HILDEGARDES VIANNA:A Bahia Já Foi Assim...
MIRIAM DE SALES:A Bahia de Outrora

NIVALDO LARIÚ:Dicionário do Baianês
HERMES ROSA:A Antiga Gíria Baiana de A a Z


                                       UM TEXTO DE JORGE AMADO


UM POEMA DE CASTRO ALVES (EXCERTOS)


                                          
                              UM TEXTO DE MIRIAM SALES




 TRADIÇÕES DA BAHIA: LAVAGEM DO BONFIM

“QUEM TEM FÉ VAI A PÉ.”
TUDO começou com uma ameaça de naufrágio e uma promessa.Sacudido por uma tempestade e á beira de um naufrágio,o Capitão Teodósio Rodrigues de Farias invocou o Sr.do Bonfim e prometeu construir uma Igreja,se fosse salvo.Não deu outra,pois,o santo não falha.
Chegando são e salvo á Bahia,o Capitão cumpriu a palavra;mandou fazer uma imagem de 1.06cm,em cedro,réplica perfeita da original em Setúbal e pediu autorização á Santa Sé para construir uma igreja,numa colina na Cidade Baixa,para onde levou a imagem,que estava na Igreja da Penha,na Ribeira,bairro próximo.
Começou assim a devoção que reina soberana desde 1745 até os nossos dias.É a maior festa popular da Bahia;estende-se quase todo o mês de janeiro com suas novenas,ternos,missas campais e a Lavagem das escadarias da Igreja,numa quinta-feira do mês de Janeiro,geralmente,a terceira.
A tradicional Lavagem deve sua criação ao preconceito reinante nesta cidade no inicio do século XX,quando a Igreja Catolica e a elite branca não permitia  o culto dos negros e até os perseguia,sem dó,nem piedade.
Acontece que,no culto afro,Sr.do Bonfim é Oxalá,o maior de todos os orixás e precisava ser festejado,com a lavagem do seu templo na Colina,segundo o ritual,com água perfumada  de flores brancas e alfazema:eram as águas de Oxalá.O clamor pela proibição foi tamanho que a Igreja cedeu um pouco;”o povo de santo” lavaria o adro e as escadarias,enquanto o templo permaneceria fechado.
O cortejo sai do Comercio,geralmente no meio da manhã,da Igreja de N.Sra.da Conceição da Praia e um mundo de gente ,moradores,turistas,adeptos ou não da religião africana,políticos que querem “sair bem na foto”,milhares de pessoas vestidas de branco,cavaleiros,carroças enfeitadas,o  afoxé “Filhos de Ghandi”,esparzindo perfume de alfazema no meio da multidão,jornalistas daqui e d’além,percorre os 8 km e sobem a colina para assistir á festa.Gente de todo lugar.”eu vim de Ilha de Maré,minha senhora.prá fazer samba na Lavagem do Bonfim”,cantava Batatinha,sambista de escol.Cerca de 500 baianas vestidas de branco,com seus trajes engomados e rendados cheirando a patchulí,distribuem banho de cheiro aos passantes,para tirar as ziquiziras e afastar o mau-olhado.
Fitinhas de Sr. Do Bonfim,chamadas “medidas”são distribuídas ás mancheias para todos que têm um sonho secreto e esperam concretizá-lo;deve-se dar três nozinhos enquanto se faz três pedidos e deixar no pulso,sem nunca tirar;quando a fitinha rasgar o pedido será atendido,tão certo como dois e dois são quatro.A “medida”tem exatos 63 cm,distancia da chaga do peito de Cristo até Sua mão esquerda.Coloridas e belas trazem felicidade.
Por todo o Largo e subindo a Colina barracas de comida e bebida distraem  e alimentam os passantes;é o acarajé dourado,o oloroso abará,o efó,o vatapá,ouro líquido,o caruru perfumado,é o mistério ,a cor e o cheiro desta cidade mágica cheia de ritmos e axé ,onde é impossível ser infeliz.
Durante todo o trajeto,canta-se com emoção ,oHino ao Senhor do Bonfim,música de Péthion de Villar e letra do poeta Arthur de Sales,da qual tenho a honra de ser sobrinha-neta.
Hoje estarei lá,de branco,reverenciando o maior orixá da Bahia,fazendo meus pedidos e tomando banho de cheiro,para  limpinha,levinha,com a alma perfumada e feliz ,seguir o meu destino.Como todos!
“Andá com fé eu vou,qui a fé nun custuma faia...”
“Desta Sagrada Colina
Mansão da Misericordia
Dá-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia”.
Que as bênçãos de Oxalá tragam paz ao mundo!
*TEXTO DO LIVRO “A BAHIA DE OUTRORA”4ª EDIÇÃO




FESTA LITERÁRIA DE CACHOEIRA
FLICA
 Miriam na FLICA
                            MIRIAM DE SALES,MARIA PAULA E JACKSON COSTA
A última mesa da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) aconteceu com mudança repentina de dia. Isso porque a atriz Maria Paula precisou remarcar sua participação no evento de sábado para domingo, por conta de compromissos na agenda. Mesmo com a mudança, o desfecho foi marcado por lotação máxima de pessoas, muitas risadas e piadas.
Com mediação de Jackson Costa, a atriz global dividiu o pequeno palco do Claustro do Complexo do Carmo com a escritora Miriam de Sales. Apesar de não se conhecerem, as duas estavam em sintonia e deram boas risadas. E ainda   trocaram elogios sob os aplausos do público.
A ideia de trazer Miriam para uma mesa aconteceu a partir da primeira edição da Flica, em 2011. “Por conta da participação e interação de Miriam no ano passado, a gente percebeu o pontencial humorístico dela”, disse Mirdad, coordenador geral do evento.

AUTÓGRAFOS

O humor foi o assunto principal. “O bom humorista é aquele que ri de si mesmo.
. Quando eu acordo, olho pra o espelho sem maquiagem e digo: quem diabo é essa velha?”, disse Miriam.Curioso para saber a idade de Miriam, Jackson Costa não se conteve: Quantos anos você tem?. “Um só como todo mundo !”, respondeu simpática. A plateia caiu às gargalhadas.
Maria Paula também contou um pouco sobre sua trajetória. Formada em psicologia, acabou se descobrindo atriz quando fez uma seleção na MTV. “Descobri o talento no momento do teste. Olhei pra câmera e eu sabia que tinha que fazer aquilo”, contou.Apresentadora, atriz, humorista e escritora, Maria Paula também confessou: “Não gosto de planejar, gosto de fazer no improviso.. Eu sou uma anarquista!”, esbravejou.
Um dos momentos mais engraçados da mesa, foi quando Maria Paulo contou um caso de alguém que lhe deu um papel em branco. “Eu desenhei uma piroca enorme”, disse. Daí, outros assuntos apimentados surgiram.Já no final da mesa, quando as escritoras se acomodaram para os autógrafos, o assédio foi imenso. Os livros de Maria Paula rapidamente esgotaram  das prateleira.Os da Miriam,também.
A atriz também foi “escoltada” para voltar ao hotel, às pressas, já que precisava chegar a tempo ao aeroporto para pegar o voo de volta para outros compromissos na Rede Globo.
(Correio)

DUAS APIMENTADAS NA ÚLTIMA MESA DO FLICA 2012
Jornal Folha do Recôncavo

Flica encerrou neste domingo com a presença marcante de Maria Paula, e Miriam de Sales, como mediador Jackson Costa abordando o tema Elas também riem, mas quem esteve no claustro do convento, local do evento, é que riu e muito, Maria Paula já conhecida como atriz e comediante do “Casseta e Planeta Urgente” por 17 anos, soltou várias piadas mas quem se mostrou uma sucessora do humor ao estilo Dercy Gonçalves foi Miriam de Sales, maravilhosa escritora, que com muita desenvoltura aborda temas como sexo com a maior naturalidade, contando também com o talento do mediador.
A escritora e psicologa Maria Paula contou sobre o inicio da carreira no Casseta e Planeta, de como foi bem recebida pelos colegas de humor.
Miriam conquistou a plateia jovem, com sua malicia juvenil, quem ficou curioso sobre o bate papo pode conferir o talento da autora em seus livros “Contos e Causos” e “Contos apimentados” todos da Editora a qual é dona, Pimenta Malagueta, ela também é colunista do jornal A Tarde.
Com certeza elas fecharam com honras a mesa do Flica.











                                  OBRIGADA,VOLTE SEMPRE!







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