Já foram uma legião,mas,ainda embelezam as ruas de Salvador com seus trajes magníficos e seu tabuleiro cheio de coisas gostosas:abará,acarajé,acaçá,amoda,passarinha,bolinho de estudante,vulgarmente chamado punheta,cocada,puxa ou de colher,um desbunde de sabor e cheiro.
A roupa tradicional,uma característica das negras e mestiças,é composta por uma saia muito rodada e colorida de seda,com dois a quatro metros de roda de bainha,bem bufante e armada por uma anágua muito branca e engomada.Complete um cabeção de crivo.A bata é uma blusa branca,comprida e solta,de algodão,enfeitada com rendas e bicos ou também bordada de crivos,um pouco frouxa,para escorregar,sensualmente,para um dos ombros.Imprescindível,o pano da Costa,bem africano,um manto comprido de algodão listrado,atado sobre um dos ombros e preso sob o braço oposto ou enrolado com uma ou duas voltas em uma grande faixa em torno da cintura,amarrado bem justo.
Um torso ou turbante branco,á moda mourisca,provavelmente herança dos haussás,negros islamitas ou dos seus similares malês,negros fortes,guerreiros,que inclusive sabiam fundir os metais.Chinelas rasas,sem presilhas,nas pontas dos pés completam a indumentária.
Os adereços são um espetáculo á parte.Colares de coral,búzios ou contas de vidro,correntes de prata,brincos de turquesa,coral,ouro ou prata,braceletes de búzios,ferro e cobre.Pendente da cintura o balangandã ou como cita Manoel Quirino,balançançan(onomatopaico)ornamento de prata maciça,usados em dias de festa,principalmente na Lavagem do Bonfim,como canta a música:”Quem não tem balangandã não vai ao Bonfim”.Miniaturas de prata e ouro,campainhas,figas,corações,dentes,chifres,tubos,placas,chaves,frutos,cadeados,bichos,pernas,sapatinhos,tesouras,conchas,peças lavradas reunidas e presas numa argola de metal e penduradas das cintas das mulatas,negras e mestiças,dente do santo.Peças provavelmente fabricadas pelos negros de Daomé ou pelos malês.Serviam como amuleto para afastar o mau-olhado e as forças do mal.
Amiga Miriam, ontem lembrei muito de você. Tinha certeza que hoje encontraria um texto sobre as belíssimas baianas.
ResponderExcluirMiriam, toda vez que recebo alguma visita do sul aqui em Salvador clico alguma fotografia ao lado de alguma baiana, trajada a rigor. Elas são tão lindas.
Se eu fosse da raça africana tenha certeza, eu estaria no meio delas em um dia como ontem, dançando, encantando.
Beijo querida Miriam.
Minha cara Marina,desejo-lhe uma excelente fim-de-semana,c/ muitos clientes e boas vendas. bjs
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