O BLOG DE OUTUBRO/13
SÓ SE VÊ NA BAHIA...
O BOM BAIANO
O baiano daqueles
tempos ,acostumado a grandes espaços nas casas senhoriais,queixa-se
muito dos minúsculos apartamentos de hoje,onde o corpo da casa é mais apertado em benefício das áreas de lazer
coletivas que ,com suas imensas piscinas ,churrasqueiras e salões de festas,pretendem substituir as
salas de visitas das casas onde se recebia
de maneira fidalga os amigos mais chegados e as visitas de cerimônia.
_”Tudo isso é muito bom,muito farto,mas,a saudade não me
deixa”,queixa-se a velha senhora,agora obrigada a viver com os filhos numa
destas mansões de nomes estrambóticos,uma espécie de compensação psicológica
para combater a falta das casas senhoriais,mansões ou não.
Quem vivia em casa espaçosa não se conforma com a ausência
de privacidade,sente falta da sala de visitas,enorme,adornada com bibelôs de
biscuit,da sala de jantar ,onde as famílias se reuniam para as refeições sempre
presididas pelo dono da casa,responsável por dar graças a Deus pelo pão nosso de
cada dia,farto e fresco.
Sempre havia um longo corredor,adornado com consoles e
tapetes que levava aos quartos ,á copa e cozinha,imensa , de onde saíam as
gostosuras domésticas e a parte menos nobre,o banheiro comum a toda família ,já
que poucos tinham suítes,um estrangeirismo mal acatado por aqui.
As cozinhas americanas dos “apertamentos “de hoje,seus
quartos onde mal cabe uma cama ou beliche confrangem nossos corações
acostumados ao fogão de lenha e ao guarda – comida,um grande armário onde se
acomodavam os alimentos e minha vó alinhava,como soldados,as latas de leite
Moça,ícone da minha infância ,tão desejado nas merendas da tarde.
Para nós,o povo de antigamente,o que mais incomoda é a
falta de privacidade ;mal toca a campainha
já está a visita na sala de estar/jantar/cozinha,tomando parte da vida
da casa,devassando a intimidade da família,fuçando tudo e tudo percebendo.
Os donos da casa, por sua vez,recebem as pessoas de
qualquer jeito,com trajes caseiros,ás vezes a dona da casa de camisola ou mesmo
enrolada na toalha,cabelos pingando no tapete.Sentam-se de qualquer jeito,no
chão,numa banqueta ou meio enroladas na poltrona,porque os tempos mudaram é assim mesmo e fim de papo.
Foi-se a época do feio,do ridículo,das visitas
cerimoniosas,dos trajes de casa,simples,mas,decentes,das roupas “de sair” e dos
trajes de festas.
Havia um limite a ser estabelecido ,uma espécie de lei não
escrita,mas,obedecida,onde a privacidade era sagrada e,mesmo as pessoas mais
íntimas,não se atreviam a sentar sem que a dona da casa dissesse- sente-se,por
favor - abrir armários ou gavetas,
entrar nos quartos sem serem convidadas,procurando o que não guardou.
Os amigos e parentes mais chegados eram tratados com muita
afabilidade e carinho.
Os outros, amigos mais distantes ,avisavam o dia que fariam a
visita,um dever social e se informavam da disponibilidade e desejo da família
em recebê-los.
Quando chegavam ,eram recebidas com requintes de
elegância,geralmente por uma criada que as introduzia na sala de visitas e ia
avisar os donos da casa. Voltava,pressurosa,para dizer que os donos estavam
vindo e servia alguma coisa,como um
licor ou sequilhos,ou mesmo um copo d’água.
Gente educada não deixava as visitas plantadas no meio da
sala, parecendo um dois de paus,sem ter quem lhes “fizesse sala”.Coisa que
parecia fácil ,mas,não era;exigia treino e bom senso para não cair numa saia
justa,falando o que não devia. Era uma arte que devia ser cultivada e exigia
desembaraço, conhecimento e muita
atenção. Perguntava-se sobre a família,a saúde,falava-se do tempo,do teatro,das
missas e dos eventos sociais. Fofocas, maledicências
e assuntos íntimos eram excluídos da conversação.Se a visita não era pedante,a conversação ficava mais
fácil,porém,triste era lidar com os de nariz empinado.A candidata a Cristo
ficava contando os segundos para que os anfitriões entrassem na sala.
Ufa! Chegaram os visitados. A conversa se animava,o cálice de
vinho do Porto era servido acompanhado dos doces e queijos.
Visitas breves eram bem vindas,ninguém precisava “morar “ na casa
dos amigos.Havia os que vinham apenas fazer uma visita de cortesia,pagar uma
visita recebida, visitar um recém –
nascido,trazendo a devida prenda ,dar os parabéns ou pêsames ou apenas trazer
um convite de casamento ou formatura.
Era mesmo muito formalismo,concordo com você;mas,também,era
tudo muito mais elegante,não era?
APRENDA E USE
QUEM NUNCA SE SENTIU ACOMETIDO PELA INVEJA OU PREJUDICADO POR ELA?
Os sintomas são facilmente reconhecidos:cansaço,lezeira,mal estar,um aperto no peito,sono,irritação.
Se você se destaca,é belo,carismático,inteligente,rico,bem sucedido no trabalho,bem casado ou tem uma aparência feliz,não dá outra.
Alguém lançará más energias sobre você.
Incensar a casa ou escritório ás sextas feiras é um hábito que não perco.Um banho de sal grosso ás segundas - feiras prometem uma semana tranquila.
Mas,hoje quero ensina\r uma receita antiga,que vem dos tempos de antanho,muito usada pelos nossos avós portugueses.
É pau,casca,como se diz na Bahia.Use e abuse!
A ERVA DA INVEJA
Misture o alecrim e a arruda;defende mulher parida ou qualquer fêmea de inveja ou mau - olhado.
Fonte:"Amuleto",livro de Manoel Gandra que será publicado em Dezembro pela Editora Pimenta Malagueta.
"A INVEJA MATOU CAIM
NA PORTA DO BOTEQUIM."
Provérbio baiano
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