Para homenagear o Dia da Abolição nada melhor do que narrar as lutas do "Povo do Santo" para manter sua identidade cultural. O índio e o negro, obrigados a aceitar a religião dos senhores,continuavam a crer nos seus deuses e os cultuavam na clandestinidade. Descobertos ,eram castigados severamente;muitos morreram,acusados de mandingas,contra a Casa-Grande. Acuados, usaram a velha máxima:se não pode com o inimigo,una-se a ele.Continuaram cultivando seus deuses,sim,mas,com nomes católicos. Sto. Antonio, passou a chamar-se Ogum,deus da guerra e das causas impossíveis,senhor dos metais .Sta.Bárbara,Iansã,aquela que comanda os ventos e tempestades."Não tem homem que enfrente,a guerreira mais valente. "Oxum-Apará,Sta .Luzia,protetora dos olhos. São .Jorge,Oxossi,o caçador,senhor das matas. São.Lázaro,o todo poderoso e temido Omulú,dono da saúde e das doença. Yemanjá, N .Sra da Conceição,senhora das águas,a mãe da criação. Oxalá,criador do mundo,o orixá mais poderoso,era o Sr. do Bonfim,muito reverenciado e respeitado. Suas oferendas,os negros as faziam no meio da noite,em clareiras fechadas,na mata,ás escondidas. Sem parentes,sem amigos,dispersos pelo mundo,os negros uniram-se em Irmandades religiosas,onde se agregavam e se fortaleciam contra os problemas diários e as dores de cada dia.A Irmandade da Boa Morte,que existe ainda hoje,em Cachoeira,na Bahia,é um exemplo de resistência e fé. Já os negros mulçumanos,jamais aceitaram abdicar de sua religião e preferiram a punição e a morte a abjurarem suas crenças. Eram os malês muito mais instruídos e grande guerreiros,promoveram muitas revoltas, nunca se renderam. Criaram uma sociedade secreta,Ogboni,que treinava para a guerra,e,que se existisse hoje,seria com certeza tachada se terrorista .Depois de séculos de luta e perseguição,a cultura negra é admirada e respeitada neste país,e seus deuses,sua comida e seus batuques,constituem um dos orgulhos da Bahia,a cidade negra do Brasil. *Tudo sobre a Bahia você encontra no livro "A BAHIA DE OUTRORA" 2ª EDIÇÃO. | ||||||
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sexta-feira, 13 de maio de 2011
OS NEGROS E A RELIGIÃO
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