sexta-feira, 28 de outubro de 2016

BAHIA DE TODAS AS FESTAS








VOCÊ JÁ FOI Á BAHIA? NÃO? ENTÃO ,VÁ!




BAHIA DE TODAS AS FESTAS




Dizem as más línguas que baiano quando não está numa festa está preparando alguma.
E, em Dezembro,então,nos superamos.
Começa com o 2 de dezembro que é o dia do samba,festejado aqui com muito batuque e samba no pé.
Tia Ciata, cujo nome de batismo era Hilária,
unanimemente considerada a  criadora do samba, nasceu na Bahia,embora tivesse se mudado para o Rio e lá ,como boa “feita” no Candomblé,impôs esse ritmo quente e negro aos cariocas.
No dia 4 de dezembro é a festa de Iansã, Santa Bárbara para os católicos, e os tambores começam a tocar desde a madrugada,festejando a santa.Faz-se um caruru de mais de mil quiabos no Mercado do Ouro em homenagem aquela que comanda os ventos e  a força dos  elementos na ponta do seu florim,como canta a música.
Como não tem homem que enfrente a guerreira mais valente,ninguém é louco de faltar com essa reverência,inclusive eu,que nasci dia 2 e  a tenho como santa   da minha cabeça segundo Mãe Menininha do Gantois.
No dia 8 é a festa da Conceição da Praia, festejadíssima na zona do Comércio,com barracas,fogos e muito samba.
Uma linda procissão sai a tarde seguida por fiéis contritos  contrastando com o tumulto á sua volta.
Salvador de todos os santos  e santas não poderia se esquecer de Santa Luzia, Oxum-Apará,dia 13,aquela que cuida da nossa visão,livrando-nos da cegueira.
Mais procissão, mais ritos,mais barulho.
No dia 24, enfim,o Natal.
Lembro-me dos natais da minha infância, sem  shoppings nem consumo exagerado,onde as famílias se reuniam em volta do presépio para adorar o Menino.
Cada casa fazia o seu e todos caprichavam  para ter o melhor,mais enfeitado e mais bonito.
Havia também o enorme  presépio das igrejas e conventos, com um belo menino rosado e  rechonchudinho,sendo adorado por pastores em tamanho natural,animais da estrebaria e reis magos de rosto severo e mãos atulhadas de presentes.
O menino era tão fofinho e tinha um ar tão risonho que era impossível não se apaixonar por ele.
À noite, as ceias pantagruélicas nas casas de família,o majestoso peru,o leitãozinho com o focinho enfeitado de tomates e ovos cozidos,a macarronada olorosa e o champanhe delicioso,trazendo alegria ao estourar, convocando  todos á felicidade.
As crianças com seus sapatinhos aos pés da cama esperando Papai Noel que nunca faltava,exatamente á meia noite,trazendo tudo que se encomendou,pois,o bom velhinho tem boa memória e não se esquece de ninguém.
Eu adorava as mesas de Natal com suas alvíssimas  toalhas de renda ou rechelieu,os cristais transparentes refletindo a luz colorida vinda da enorme árvore de Natal no canto da sala.
Saía toda a prataria e porcelanas guardadas o ano todo no enorme etagére da sala de jantar.
Muita luz,muito brilho,muitas flores um ritual de pura beleza.
Eu mudei,o Natal mudou,hoje  transformado em  festa ao Deus Consumo,raramente se vê famílias reunidas em torno da mesa,cheia de  pratos de plástico ou papelão.
As pessoas trocaram seus belos trajes pelo jeans descontraído e o champanhe pelo pro seco ou pela cidra.
Os pães,bolos e o peru da ceia,quando os há, são comprados pronto,falta o elemento amor,que antes temperava todos os quitutes imprimindo-lhes mais sabor.
Passado o Natal vem a festa de Ano Novo,chamada de réveillon,assim mesmo á francesa,pois as famílias saem para comemorar nos hotéis ou em festas populares,com muito axé e muita cerveja.
Confesso que declino de qualquer convite para passar fora de casa a meia noite do dia 31.
Quero arrumar minha mesa á antiga,abrir um autêntico champanhe francês,incensar minha casa  e fazer a simpatia das uvas que repito há muitos anos.
Lembrando de minha mãe faço uma oração de agradecimento pelas conquistas do ano findo e peço graças  e boas energias para o novo ano que virá.
Na ceia,nunca o peru,pois,bichos que ciscam para trás,trazem dinheiro curto.Um bom assado de porco ou uma mesa á baiana com vatapá,caruru,efó,frigideira de camarão ou bacalhau vai muito bem.
Como sobremesa “Bûche de Nöel,cuja receita,ano passado coloquei no blog e pretendo repeti-la esse ano.
Luz,mais luz,dizia Goethe.Ilumino o terraço,uso as pequeninas árvores como árvore de Natal,com luzes e enfeites.
E,cumpridos os rituais,esperemos um ano mais feliz.

             VEM AÍ A 5ª EDIÇÃO DO MELHOR LIVRO SOBRE A BAHIA


                                                               DEZEMBRO,NAS LIVRARIAS

                                              OS MELHORES RESTAURANTES DE SALVADOR


                                                                IATE CLUB DA BAHIA





PEREIRA,A MELHOR FEIJOADA DOS SÁBADOS BAIANOS

                                        PARAÍSO TROPICAL,DO CHEF BETO PIMENTEL


                                        YEMANJÁ,A MELHOR COMIDA BAIANA DA CIDADE








ESTE BLOG NÃO RECEBE DINHEIRO OU MIMOS DE NINGUÉM.SÓ RECOMENDO ONDE VOU E GOSTO.


OBRIGADA,VOLTE SEMPRE!



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BAHIA DE TODAS AS FESTAS




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E, em Dezembro,então,nos superamos.
Começa com o 2 de dezembro que é o dia do samba,festejado aqui com muito batuque e samba no pé.
Tia Ciata, cujo nome de batismo era Hilária,
unanimemente considerada a  criadora do samba, nasceu na Bahia,embora tivesse se mudado para o Rio e lá ,como boa “feita” no Candomblé,impôs esse ritmo quente e negro aos cariocas.
No dia 4 de dezembro é a festa de Iansã, Santa Bárbara para os católicos, e os tambores começam a tocar desde a madrugada,festejando a santa.Faz-se um caruru de mais de mil quiabos no Mercado do Ouro em homenagem aquela que comanda os ventos e  a força dos  elementos na ponta do seu florim,como canta a música.
Como não tem homem que enfrente a guerreira mais valente,ninguém é louco de faltar com essa reverência,inclusive eu,que nasci dia 2 e  a tenho como santa   da minha cabeça segundo Mãe Menininha do Gantois.
No dia 8 é a festa da Conceição da Praia, festejadíssima na zona do Comércio,com barracas,fogos e muito samba.
Uma linda procissão sai a tarde seguida por fiéis contritos  contrastando com o tumulto á sua volta.
Salvador de todos os santos  e santas não poderia se esquecer de Santa Luzia, Oxum-Apará,dia 13,aquela que cuida da nossa visão,livrando-nos da cegueira.
Mais procissão, mais ritos,mais barulho.
No dia 24, enfim,o Natal.
Lembro-me dos natais da minha infância, sem  shoppings nem consumo exagerado,onde as famílias se reuniam em volta do presépio para adorar o Menino.
Cada casa fazia o seu e todos caprichavam  para ter o melhor,mais enfeitado e mais bonito.
Havia também o enorme  presépio das igrejas e conventos, com um belo menino rosado e  rechonchudinho,sendo adorado por pastores em tamanho natural,animais da estrebaria e reis magos de rosto severo e mãos atulhadas de presentes.
O menino era tão fofinho e tinha um ar tão risonho que era impossível não se apaixonar por ele.
À noite, as ceias pantagruélicas nas casas de família,o majestoso peru,o leitãozinho com o focinho enfeitado de tomates e ovos cozidos,a macarronada olorosa e o champanhe delicioso,trazendo alegria ao estourar, convocando  todos á felicidade.
As crianças com seus sapatinhos aos pés da cama esperando Papai Noel que nunca faltava,exatamente á meia noite,trazendo tudo que se encomendou,pois,o bom velhinho tem boa memória e não se esquece de ninguém.
Eu adorava as mesas de Natal com suas alvíssimas  toalhas de renda ou rechelieu,os cristais transparentes refletindo a luz colorida vinda da enorme árvore de Natal no canto da sala.
Saía toda a prataria e porcelanas guardadas o ano todo no enorme etagére da sala de jantar.
Muita luz,muito brilho,muitas flores um ritual de pura beleza.
Eu mudei,o Natal mudou,hoje  transformado em  festa ao Deus Consumo,raramente se vê famílias reunidas em torno da mesa,cheia de  pratos de plástico ou papelão.
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Passado o Natal vem a festa de Ano Novo,chamada de réveillon,assim mesmo á francesa,pois as famílias saem para comemorar nos hotéis ou em festas populares,com muito axé e muita cerveja.
Confesso que declino de qualquer convite para passar fora de casa a meia noite do dia 31.
Quero arrumar minha mesa á antiga,abrir um autêntico champanhe francês,incensar minha casa  e fazer a simpatia das uvas que repito há muitos anos.
Lembrando de minha mãe faço uma oração de agradecimento pelas conquistas do ano findo e peço graças  e boas energias para o novo ano que virá.
Na ceia,nunca o peru,pois,bichos que ciscam para trás,trazem dinheiro curto.Um bom assado de porco ou uma mesa á baiana com vatapá,caruru,efó,frigideira de camarão ou bacalhau vai muito bem.
Como sobremesa “Bûche de Nöel,cuja receita,ano passado coloquei no blog e pretendo repeti-la esse ano.
Luz,mais luz,dizia Goethe.Ilumino o terraço,uso as pequeninas árvores como árvore de Natal,com luzes e enfeites.
E,cumpridos os rituais,esperemos um ano mais feliz.

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